A pressão para sermos perfeitas, as intermináveis listas do que devemos fazer, a busca incessante pelo corpo perfeito e o tempo que passa cada vez mais rápido pode deixar qualquer mulher à beira de um ataque de nervos. A cobrança da sociedade para que as mulheres sejam exemplares em tudo o que fazem é tão grande que não é de se admirar o número cada vez mais alto de mulheres que sofrem de depressão e angústia.
Em vista disso, uma marca britânica de produtos de beleza, a Sanctuary Spa, lançou uma campanha em vídeo com o nome “Relax, Breathe and Let Go” (“Relaxe, Respire e Deixe Rolar”). Após entrevistar mais de mil mulheres inglesas, chegou-se à conclusão de que quatro entre 10 mulheres estão propensas a ter um colapso nervoso, enquanto 80% acreditam que não são boas o suficiente.
O vídeo, de quase três minutos, apresenta um grupo de senhoras, com idades entre 55 e 82 anos, refletindo sobre a juventude e os momentos que deixaram de viver ou que foram sabotados pelo stress. Ao final, elas convidam as mulheres a se cobrarem menos, a serem elas mesmas e não se preocuparem tanto com a aparência e perfeição.
“Seu eu fosse mais jovem hoje, acho que não daria conta”, diz uma senhora em tom de desabafo. Em seguida, outras mulheres concordam: “Com todas essas coisas que temos – as oportunidades, a tecnologia – acho que deveríamos viver em um mundo de prazer. No entanto, ao invés disso, vivemos em um mundo de pressão. Pressão para sermos perfeitas como mães, esposas e amigas. Pressão para que sejamos bem-sucedidas, chefes e líderes”.
Em seguida, elas começam a explicar o que fariam de outra maneira se fossem mais jovens: “Se tivesse meu tempo de volta, não criaria uma lista de coisas a fazer. Criaria uma lista do que não fazer”. “Daria para mim o tempo necessário para coisas que, agora, percebo que são mais importantes”, diz outra senhora.
Em outro trecho, uma senhora diz: “O que eu não daria para prolongar os beijos de boa noite, em vez de ficar me lamentando por ter que acordar cedo no dia seguinte!” Em outro desabafo, vemos: “O que eu não daria por um segundo a mais acariciando meus filhos, antes que eles já não coubessem no colo!”
Outra senhora pontua: “O que eu não daria por mais cinco minutos dançando enquanto minhas pernas eram fortes o bastante para me carregar”. Entre os desabafos, talvez o mais importante seja esse: “Tudo isso se refere a você como ser humano. Esta é palavra mais importante: ser”.
Como ressalta uma das mulheres, não se trata de renunciar às conquistas femininas das últimas décadas – é óbvio que a sociedade precisa de mulheres empreendedoras e ativas. Trata-se tão somente em apontar que as mulheres devem estar mais preocupadas em “ser” do que em “fazer”. E, o vídeo termina com a frase: “se eu fosse uma jovem mulher, perderia mais tempo sendo e não fazendo”.
Os desabafos são, realmente, muito sinceros e emocionantes, então, preparem o lenço. E, você? Está sendo você mesma ou preocupada somente em fazer, fazer e fazer?