Diagnóstico de pedras na vesícula deve ser levado a sério

atriz beth lago

No último domingo, ao acessar a internet, vi a triste notícia do falecimento da atriz e ex-modelo Beth Lago. Já tinha lido, há algum tempo, que ela estava lutando contra um câncer. Mas, na época não atentei para o fato de que era um câncer na vesícula.

A notícia da morte dela causou impacto não somente por ela ser uma figura pública que brilhou como modelo e, depois, como atriz. Mas, também, porque há um ano e meio, passei por uma cirurgia para retirada da vesícula, que é um procedimento muito simples, feito por videolaparoscopia. O pós-operatório é muito rápido e a recuperação também.

No entanto, quando passei pela cirurgia, sabia que tinha pedras na vesícula há um tempão, pelo menos uns cinco anos. E, como a atriz, enrolei muito para resolver o problema. No meu caso, eu fazia um acompanhamento homeopático. Mas, sempre soube que esse tipo de problema era resolvido apenas com a cirurgia e que a homeopatia apenas minimizava os sintomas.

Vale lembrar que a maioria dos casos de cirurgias de urgência deve-se à obstrução do canal biliar. Outros casos, como era o meu, em que não existe essa obstrução, muitas vezes são assintomáticos, ou os sintomas são mais parecidos com um mal-estar causado por má digestão.

A minha decisão em passar pela cirurgia se deu quando o mal-estar e os enjoos se intensificaram mesmo quando não comia algo gorduroso ou fritura – verdadeiros venenos para quem tem pedra na vesícula. Ao passar em consulta, o especialista decretou que a cirurgia devia ser feita anteontem e praticamente me intimou a passar pelo procedimento.

Após a retirada do órgão, é prática comum o cirurgião mandar o material para um exame patológico para confirmar o diagnóstico e procurar por um possível câncer. Depois de alguns dias, já no pós-operatório, o médico explicou que estava tudo bem comigo e que a análise do material deu negativo para câncer (graças a Deus!). E, disse: “Que bom que, mesmo enrolando para resolver o problema, você não desenvolveu algo mais grave. Você teve muita sorte”.

Na hora, achei que ele estivesse apenas cumprindo seu papel de médico, colocar um certo medo no paciente para que não tenha o mesmo comportamento com um problema de saúde no futuro. Mas, ao saber do caso da atriz, vi que o médico estava falando sério.

É claro que cada médico tem uma abordagem diferente e alguns optam por não retirar o órgão quando o paciente não apresenta dores agudas e a situação está controlada. Eu mesma segui essa orientação do homeopata que frequentava na época. Mas, a análise patológica do material mostrou que a vesícula estava super inflamada e com um aspecto nada simpático. Ou seja, se você tiver algum diagnóstico de pedras na vesícula ou tem sintomas que levam a suspeitar do problema, procure a opinião de mais de um gastroenterologista. Com mais de uma alternativa de tratamento em mãos, você vai resolver com mais tranquilidade qual caminho seguir.

O caso da atriz

Pelo que li nas matérias, Beth Lago, como eu, enrolou um tempão para fazer a cirurgia de retirada da vesícula e foi levando a vida com uma bomba relógio dentro de si. Em entrevista ao jornal Folha de São Paulo, em maio de 2013, a atriz contou que seu “câncer foi na vesícula, e aconteceu muito pelo fato de ter protelado a retirada da mesma. Sempre tinha uma novela para fazer, uma viagem incrível depois da novela e depois mais novelas e mais viagens…. Vamos vivendo e nem percebemos o tempo passar”.

É aquele lance de ir deixando para resolver ‘a coisa’ depois, afinal, o problema não é tão grave. Mas, como saber da gravidade de algo que está dentro do seu corpo? Como saber como o organismo vai se comportar diante de um processo estranho que está acontecendo nele?

Temos essa tendência, como disse a atriz, de acharmos que somos infalíveis, de não percebermos nossa vulnerabilidade. E, vamos levando a vida tentando fingir que o problema está sob controle ou que vai ser resolvido como em um passe de mágica.

E, fazemos isso não apenas com nossa saúde, mas com relacionamentos desgastados e situações que não nos fazem bem. Muitas vezes, uma conversa sincera com alguém tem o mesmo efeito de uma cirurgia bem-sucedida: corta toda aquela energia negativa que estava rondando a relação e nos ajuda a ver os fatos sob outro ângulo. Por outro lado, uma análise sincera de nossas próprias atitudes pode mostrar pontos em que estamos sendo falhos em alguma situação ou com alguém.

Como nem sempre tomamos essa atitude, nos resta apenas lamentar quando a “bomba que estava bem em nossas caras” explode destruindo nossa saúde, relacionamentos e trazendo situações ainda mais conflitantes e difíceis de resolver.

Oxalá sejamos mais atentos aos sinais de nosso corpo, nossas relações e situações em que estamos envolvidos – ou, nos deixamos envolver. E, que sejamos mais atenciosos para com a gente mesmo.

Peço a Deus que conforte o coração dos familiares e amigos da atriz Beth Lago e que ela encontre a saúde e a paz na dimensão em que se encontra.

E, você? Tem dado atenção aos sinais do seu corpo?

Foto: Google

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